sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Coitada da Mulher do Corsa Verde


Estava vindo trabalhar, de carro, quando parei num semaforo. Eu estava a direita e um carro estava a minha esquerda. Quando o sinal abriu, um Corsa Verde, passou a minha direita, com duas de suas rodas sobre a calçada.

Dei uma piscada de luz para alertar (ou para desabafar mesmo). Mas a mulher que dirigia o carro, respondeu com um gesto obceno e algumas interperes vocais.

Continuei meu caminho, sem me alterar (muito). Toquei o bonde e continuei andando. Vi que a frente o carro foi costurando o transito. A luz de freio quase não se acendia e vez por outra o braço indescente saia pelo vidro.

Quando cheguei ao campus, vi que a tal mulher estava entrando também no campus.

Pensei então em contar quanto tempo eu chegaria depois dela, ainda assim, sem ter me arriscado, sem ter me estressado e sem ter agredido verbalmente ninguém.

Ela entrou, não conseguiu estacionar onde queria. Não conseguiu estacionar onde não queria. Mesmo dentro do campus, acelerou sem olhar para o retrovisor.

Achei que a dona do Corsa Verde não era digna de minha lição do dia. Deixei ela estacionar. Olhei para o rosto dela e o que senti foi pena. Pena, porque ela só pode pegar suas coisas no banco e entrar, esbaforida.

Não, não adiantou correr, queimar mais petroleo, pneu e ofender as pessoas. Ela saiu do carro depois de mim.

E do verde do seu carro, ela não pode ver esta bela arvore que fotografei próximo onde paramos nossos carros.

É uma pena, mas a mulher do Corsa Verde estava com muita pressa de fugir de pessoas como ela mesma.

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