quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um ano depois.

Há um ano eu gravava a entrevista para a EPTV. Foi uma experiência interessante externar os planos de enfrentar o transito a bordo de uma bicicleta. Fui até cobrado por alguns quando me viam de carro.
Mais que promessa, era um sonho de conseguir deixar o carro na garagem e usar a bike como meio de transporte.

Neste período pude repartir este sonho com muitas pessoas. Algumas tentaram, outras apenas pensaram, outras devem ter pensado “coitado, pirou de vez”, mas um ano depois é hora de relatar as experiências colhidas.

Não quero fazer um mea culpa, apenas compartilhar as experiências no que posso melhorar para 2011.

A cidade.

Minha querida Rio Claro mudou muito do tempo em que enfrentei o transito pela primeira vez com minha Berlineta aro 20, num trajeto de um pouco mais que um quilometro entre a casa dos meus pais e uma loja pra pagar uma conta.

A cidade cresceu e o que era uma cidade plana, passou a invadir declives que antes ficavam na área rural da cidade. As ruas ficaram menores para o grande número de veículos, os veículos ficaram maiores e as motos se multiplicaram.

No trajeto que faço, enfrento um aclive pesado, a chamada “subida do Inocop”, com uns 500m de extensão  e inclinação acentuada. Além de exigir preparo para escalar, ele termina em uma ponte sobre a Washington Luiz onde veículos trafegam em duas mãos.

Neste ponto, as bicicletas trafegam por teimosia. A melhor solução que encontrei é subir pedalando até os últimos 50m, desmontar, subir carregando a bike, ir até a metade da ponte, voltar a montar e seguir o caminho. Na volta é difícil descer na confiança que um ônibus não vai disputar com você e que o freio não vai falhar, então também desço desmontado. São minutos preciosos gastos com segurança. Se não fosse este trecho, juro que o pedal seria muito mais simples.


No decorrer do ano fui ajustando meu caminho. A rua 1 onde tem o terminal de ônibus foi reformada e ficou ótima para os ônibus e carros, mas inviável aos ciclistas. Teimei por ali por um tempo, até que desisti e resolvi ir pela rua 3 ou pela Av.7 e passar por trás do shopping.

Sempre defendi entre os ciclistas que calçada é lugar de pedestre, mas hoje estou repensando isso. Os pedestres abandonaram algumas ruas, por exemplo, as da Av. Tancredo Neves em frente ao terminal rodoviário, a concessionária Chevrolet. Não se vê pedestres por ali, a ciclovia e rua ali é absurdamente perigosa. Então resolvi usar a calçada algumas vezes. E gostei.

Obviamente que é a exceção e não deve ser regra. Mas com muito critério a calçada é uma opção interessante.

Até que me surpreendi positivamente com a população. Levei buzinada, espelhada, xingos e ignoradas, mas boa parte respeitou, sinalizou e foi gentil. Em São Carlos era muito mais assustador. A sensação que tinha é que eu era invisível.

As bicicletas

A dupla dinâmica Joss Stone e Bessie Smith deu conta muito bem do recado.
Bessie está comigo desde 1986, desde zero e agüenta muito ainda. Não tive problemas mecânicos graves. Joss foi pra revisão no meio do ano e Bessie logo em seguida, exceto pelo freio da Bessie, nada mecânico foi trocado.
Entretanto os pneus deram trabalho. Muitos furos e com chuva é complicado utilizar o aro 27 no asfalto.
Os freios poderiam ser melhores. Com chuva ficavam muito lisos, sem ajustes tendiam a falhar em raras, mas preocupantes situações. Em declives acentuados não me inspiravam confiança acima de 20 km/h.
Na próxima bicicleta devo repensar os itens freio e pneu.
Também faltou espaço para câmeras fotográficas. Mas nada que a mochila não resolvesse, mas uma bolsa mais à mão seria desejável.
O selim não é dos mais confortáveis, mas também não é muito critico. Um mais confortável seria desejável em trajetos mais longos, mas nos 7,5km que percorro dão conta.

Eu


Algumas situações me impediram de pedalar, não quero me desculpar, mas elas estão aqui para minha analise e de quem pretende entrar nessa de pedalar pelas ruas, o tamanho da encrenca.

Planejamento


Das situações que atrapalharam os planos, destaco algumas faltas de previsão. Por exemplo, ter de ir trabalhar com o carro para poder ir ao supermercado fazer compras depois do expediente. Isso aconteceu e poderia ser reduzido com algum planejamento semanal e mensal. Mais experiências para as próximas.

Chuva


Ainda não aprendi a enfrentar a chuva e em dias de chuva deixei a bicicleta em casa e fui de carro. Mesmo sem chuva, mas na eminência de chover. Como já escrevi acima, a bicicleta não se comportava muito bem na chuva, além da cidade sofrer uma transformação em comportamento. Os motoristas ficam mais agressivos.

Ciclista de óculos deve odiar chuva. Os óculos ficam molhados e não se vê quase nada. Tirar os óculos também não ajuda.

Pretendo ter alguma experiência e uma bicicleta mais adequada para as chuvas pra esses casos. Talvez não enfrentar a chuva logo de cara, mas naqueles dias em que está o tempo meio “chove não molha”, não temer ir de bike seca e voltar ensopado!

Sinusite

Outro fator que me abateu foi uma sinusite. Não sei ainda se usar a bicicleta com o rosto exposto ao frio e ao vento causa ou agrava a sinusite, mas nos meses frios ficou impossível usar a bicicleta. O rosto ficou muito dolorido, os olhos lacrimejaram muito. Tomei antibióticos e neste tempo, nada de bicicleta.
Preciso descobrir como conciliar bicicleta e frio. Vale lembrar que países frios têm grande frotas de bicicletas, então eu preciso aprender com eles, conversar com minha medica e enfrentar este problema.

Segurança

Apesar de ser um problema ligado indiretamente ao ciclismo por algumas vezes me senti sendo observado ou em situações delicadas quanto à segurança. Estas situações me fez repensar horários e trajetos e é mais um motivo que pode desencorajar o uso da bicicleta como meio de transporte. Os dias com horário de verão são ótimos.

Outras atividades físicas.

No inicio de 2010 conciliei a corrida a pé em dias que não pedalava, mas não levei muito adiante. Uma pena, porque senti efeitos ótimos. Também acho que preciso fazer algumas atividades para os braços. Para 2011 quero voltar a fazer corridas a pé, pular corda, talvez voltar a nadar e fazer exercícios específicos para os braços.

Resumão


No total foram 1066 km de pedal em 80 horas e 10 minutos no selim.
A média horária foi de 13,3 km/h e media diária de 3 km/dia sendo que meu objetivo era em torno de 6 km/dia.

A máxima velocidade no plano foi de 30,6 km/h com a Joss no dia 26 de Março, a maior distancia percorrida em um único dia foi de 26,6 km no dia 20 de Outubro também com a Joss.

No dia 22 de Dezembro de 2009 eu pesava 82kg, hoje peso 75kg. Fiz um regiminho, troquei o leite integral por desnatado e cortei o açúcar, nada muito sério. A perda de peso ajuda também a pedalar mais fácil o que ajuda a manter o peso. É um ciclo!

Como escrevi acima, se não alcancei meu objetivo numericamente, tenho consciência do passo que dei e de onde estou nesta caminhada.

Também quero mostrar a quem pretende se aventurar pelas ruas com sua bicicleta que os resultados não vêem do dia para noite mais são construídos dia a dia e que aí é que está a graça.

Por fim deixo um abraço ao Ely Venancio e ao Paulo Lima que fizeram a entrevista, dois profissionais que eu teria em minha equipe e a Marcela do Fantastico que fez o convite. Um abraço também ao Clayton Palomares que dividimos as alegrias e desilusões de pedalar numa cidade do interior chamada Rio Claro e ao Tiago Borguezon, um cara que realmente deixou o carro pra usar a bicicleta em tempo integral, que me cobrou quando me viu de carro pelas ruas e que só o exemplo já valia como “bronca”, não precisava nem abrir a boca.

Não queria fazer lista de agradecimentos porque não é um projeto que termina aqui, mas  sem o apoio da família, dos amigos e do Alexandre meu mecânico da bicicleta, eu ainda estaria fazendo o mais fácil e andando de carro. Obrigado aos que entenderam meu apelo e de alguma maneira facilitaram minha vida neste caminho.

E ai? Vamos pedalar?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Resposta da Secretaria de Porto Alegre...

A pergunta...

Impressionante o email enviado por esta secretaria e reproduzido no 
blog: 
http://massacriticapoa.wordpress.com/2010/11/29/mercado-publico-de-porto-alegre-quer-desencorajar-o-uso-da-bicicleta-como-transporte-publico/ 
onde se desestimula o uso da bicicleta como transporte.

Não vou me deter muito sobre o assunto, apenas afirmar que a bicicleta é 
vista em muitas cidades do mundo como a alternativa mais viavel para o 
transporte individual e sustentável.

Acho que a secretaria deveria se informar antes de escrever aberrações 
como estas...

Assinalo aqui meus sinceros votos de protestos a politica adotada por 
esta cidade !

Samuel
E a resposta:
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Boa tarde, Samuel.

Pronunciamento do Sr. Secretário da SMIC:
 
Senhores Munícipes:
 
Tomei ciência da resposta dada por uma servidora do Mercado Público acerca da questão das bicicletas. Apresso-me em desculpar-me com todos os que escreveram à SMIC, alguns indignados,  informando que foi uma posição pessoal da colega, que não representa a visão da Secretaria, nem do Governo. A seguir, compartilho nossa visão:
 
A)      É necessário sim o estimulo a transportes alternativos, tanto no diz respeito à qualidade de vida, especialmente no que concerne ao meio ambiente. No caso das bicicletas também uma melhor saúde;
 
B)      De fato o Mercado Público não dispõe de uma estrutura que acomode as bicicletas. Já determinei que providências sejam tomadas no sentido de disponibilizar o mais breve possível um bicicletário;
 
C)      Vale lembrar, sem querer apontar culpas ou responsáveis, que o Mercado tem 141 anos, e que até hoje governos de todas as matizes ideológicas ainda não haviam se apercebido desse lapso, que o presente episodio ajuda a aclarar;
 
D)      Importante registrar também que a origem desse problema de agora, deveu-se ao fato de que uma bicicleta foi acorrentada em um dos portões do Mercado Público, o que também não é correto. Mas compreendemos que certamente isso ocorreu pela indisponibilidade do equipamento adequado para a guarda das bicicletas;
 
E)      Eu próprio, como vereador e líder em 2009, fiz incluir na ordem do dia da Câmara de Vereadores a votação - e trabalhei pela aprovação - do Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre;
 
Reiterando nossas escusas, lamento somente o teor de alguns e-mails, que se valem de adjetivos e excessos que certamente não contribuem para a construção de caminhos positivos, imputando ao Governo, como disse anteriormente, o equivoco de uma servidora, que também não pode ser condenada por isso. Precisamos exercer a virtude da tolerância.
 
Por último, dizer que é visão desta secretaria e sob, o comando do Prefeito Fortunati, prestarmos um serviço público eficiente, ouvirmos o cidadão, corrigirmos equívocos e a cada dia tentarmos melhorar nossa cidade.
 
Atenciosamente,
 
Valter Nagelstein
Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Rio Claro terá Pista de Dirt Jump de Alto Nível

Começou na quinta passada a construção de uma pista de Dirt Jump em Rio Claro, a qual sediará o primeiro Campeonato Paulista da história.

Rio Claro, cidade do interior paulista que sedia a Federação Paulista de Mountain Bike (FPMTB) contará, até o final do ano, com uma pista de Dirt Jump de alto nível e também um pump track ao redor da área.
O Dirt Jump é uma modalidade que consiste em grandes saltos seqüenciais, onde os pilotos realizam manobras impressionantes, já o Pump Track é um circuito com elevações de terra nas quais os ciclistas ganham velocidade somente pressionando, ou “pumpeando” a bicicleta no terreno, utilizando-se das ondulações para se ganhar velocidade. A modalidade está virando febre mundial, pois permite desde a iniciação de crianças até o aperfeiçoamento na técnica dos mais experientes.
Após parceria entre a FPMTB e a Secretaria de Obras de Rio Claro, ficou definido que o município disponibilizaria a área, matéria prima e maquinários para a construção da pista e a FPMTB disponibilizou gratuitamente o projeto, o acompanhamento da obra e a mão de obra.
A pista está sendo construída em frente ao supermercado Paulistão na Av. Brasil entre as Avs. 52 e 54 em uma área que está sendo destinada pela Prefeitura a ser uma Praça de Esportes. A pista de Dirt Jump possuirá linhas para iniciantes, amadores e profissionais, possibilitando desde a iniciação de crianças ao esporte até a realização de eventos de alto nível no local trazendo atletas profissionais para a cidade.
Após a construção a FPMTB pretende iniciar um projeto social que atenderá mais de 2.000 crianças pro ano no local, iniciando-as no mountain bike e, quem sabe, até formando atletas olímpicos para as olimpíadas de 2016. O projeto buscará ainda, educar os futuros motoristas para o trânsito utilizando a bicicleta como meio para tal, formando cidadãos mais saudáveis, críticos e humanos.
A inauguração da pista será realizada com o Campeonato Paulista de Mountain Bike 2010 – Dirt Jump nos dias 03, 04 e 05 de Dezembro. O evento acontece somente uma vez ao ano de cada modalidade do mountain bike, sendo que o Dirt Jump contará pela primeira vez na história um campeonato estadual da modalidade.
Maiores informações sobre o evento no link: http://www.cbmtb.com/noticiasDentro.php?cod=MzY1

(FONTE: Clayton Palomares pela FPMTB)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A ciclofaixa da Rua 6-A (Ou como passar tinta num problema)

A Ciclofaixa da Rua 6-A em Rio Claro.

Ciclofaixa da Rua 6-A: Camera Olympus PEN meio quadro


To voltando de uma pedalada pela nova Ciclofaixa de Rio Claro, na rua 6-A, confesso, estou assustado e pensando em nunca mais voltar lá. Mas vamos aos fatos.

A ciclofaixa tem 1.3 km de extensão e aproximadamente 0,9m de largura – Não medi.


Exibir mapa ampliado


Fica numa das vias mais perigosas e que tem maior fluxo de bicicletas na cidade. O limite de velocidade, oficialmente é 50 km/h, mas não possuí radares e obviamente o limite é pouco respeitado. Foi aqui que aconteceram dois acidentes fatais envolvendo jovens.

Porque gostei:

Gostei porque nosso sonho de discutir bicicleta como meio de transporte em Rio Claro, começa a virar realidade. Alguém resolveu fazer alguma coisa, mesmo que eu ache que está errado, pelo menos está se fazendo e na democracia em que vivemos, abrindo para discussões.

Ciclista usando a ciclofaixa


Porque não gostei:

Bom esta é Bessie no início da ciclofaixa. Um trânsito do mal estava nesse dia. Carros em velocidade e tirando fina!

Alias só sei que é uma ciclofaixa pela intuição, pois não tem nada indicando.

Bessie entrando pela Ciclofaixa


Ai o primeiro absurdo: Um ponto de ônibus sobre a ciclofaixa. Os ciclistas já levam a pior com os carros, mas os dois acidentes que citei foram contra veículos de grande porte: Um caminhão e um ônibus. O mais recente a jovem, ao desviar de um carro estacionado, foi colhida por um ônibus em movimento.


No meio da ciclofaixa tinha um ponto de onibus

Tinha um ponto de onibus sobre a ciclofaixa

Bom, se o enfrentamento entre ônibus e bicicletas é critico, será que colocar um ponto de ônibus sobre uma ciclofaixa é uma boa idéia? Não dá pra tirar os pontos de ônibus daí, mas será que a faixa ta no lugar certo?

Mas não é apenas um ponto de ônibus, são 5! E enquanto o ônibus pega e descarrega pessoas, o que devem fazer os ciclistas? Esperar atrás do ônibus? Arriscar-se sobre a via?

E veja este ônibus andando sobre a ciclofaixa e outro que não consegui fotografar, estava parado antes do ponto de ônibus para desembarque/embarque.

Passou relando...


Mais pra frente outro fato: Carro parado sobre a ciclofaixa. O motorista alegou que a porta do passageiro se abriu, mas do outro lado ele poderia estacionar e ficar o tempo que quisesse. Este motorista brigou com outro ciclista que passava e trocou farpas comigo – Não reagi e fiz que não vi.

Veiculo estacionado sobre a ciclofaixa. E o cara quis engrossar.


Outro carro parado. Este sobre uma faixa de emergência de uma Farmácia. Isso mesmo faixa de Emergência, também sobre a ciclofaixa. A farmácia está ali, ela precisa realmente de uma faixa de emergência, mas novamente, como se comporta o ciclista neste caso. Arrisca-se ou espera? E o que é mais legal a moça parou nesta vaga, mas para ir a padaria que fica ao lado e ainda se desculpou comigo “Desculpa moço é rapidinho”.
Estacionamento de emergência da farmácia sobre ciclovia,
usado para comprar pão na padaria. 

Pela placa ela tem direito de ficar ali por 15 minutos. Fora do horário de pico, cheguei a contar 1 ciclista por minuto neste trecho. Já imaginou 15 ciclistas pedindo passagem?

Ainda como estes foram mais 3 carros sobre a ciclofaixa, parados, desembarcando, manobrando ou “queimando” a faixa.

Depois deste dia, voltei mais duas vezes até a ciclofaixa e contei quatro carros estacionados sobre a ciclofaixa, um inclusive travado e com alarme ligado - Pude deduzir que era alarme pelo led piscando no vidro.

Com quem conversei sobre a "novidade", a sensação que tive foi que a idéia de colocar uma ciclofaixa e de "colocar o ciclista no seu lugar", ou seja, limitar seu espaço na via.

Vale lembrar que em Rio Claro, por suas peculiaridades históricas e topográficas existe um enfrentamento motorista/ciclista e ciclista/motorista. Muitos ciclistas suicidas maculam a imagem deste veículo por aqui.

Em próximos POSTs vou verificar se a policia vem alertando motoristas que estacionam neste local, quero também conversar com motoristas e ciclistas que usam esta ciclofaixa.

Particularmente aconselho aos ciclistas não se arriscarem por esta rua, mesmo pela ciclofaixa. Eu por exemplo uso vias paralelas que são muito mais calmas: levam e trazem aos mesmos destinos.

À prefeitura fica meu apelo que pensem melhor se apenas pintar uma faixa é resolver o problema.

E a mim vou continuar observando porque quero chegar a conclusão que eu sou é chato demais.

Para saber mais sobre Ciclovias e Ciclofaixas, veja estes links:





http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101021/not_imp627574,0.php


Nota técnica:

A primeira foto em meio quadro foi feita com uma Olympus PEN, filme Kodak 400, scanner de negativo, as outras fotos foram feitas com celular Nokia.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Candidatos e candidatas.

Se você é candidat, usa a internet e gostaria de dar sua opinião sobre o transito, em particular a bicicleta, poste um comentário ai que eu divulgo.

Como este blog é pessoal, não é ligado a nenhuma empresa ou instituto ou nada, sou eu e só eu, coloco aqui as regras: Qualquer mensagem de candidato será postada, independente da opinião ser a favor ou contra o uso de bicicletas no transito, não publicarei mensagens que citem outros candidatos ou que sejam respostas a outros comentários anteriormente postados ou que façam comentários a instituições ou pessoas públicas. Por falta de tempo, os comentários serão postados quando possível (infelizmente não posso colocar assim que chegar) e coloco como prazo máximo para aceite o dia 22 de Setembro.

O Transito nas pequenas cidades:

As cidades do interior paulista tiveram na bicicleta a base do transporte individual por muitos anos. Entretanto nos últimos anos, um grande número de veiculos automotores - Carros e motos, tem feito as bicicletas perderem espaço nas ruas. As consequências deste aumento são sentidas em muitas cidades como o início de congestionamento, muitos acidentes e aumento da poluição tanto sonora quanto do ar.

Por outro lado, os motoristas reclamam que os ciclistas atrapalham o transito, andando na contra-mão, não respeitando a sinalização e oferecendo perigo para si e para o transito em geral.

Em muitas cidades do mundo promove-se o uso das bicicletas, alguns defendendo a integração da bicicleta no próprio transito, outros defendendo as ciclovias.

Em minha Rio Claro por exemplo, não existe definida nem uma situação nem outra. Alguns kilometros de ciclovia recreativa, outros de ciclovia util e muitas bicicletas pelas ruas sem integração com o transito numa espécie de guerra pelo espaço.

Para os senhores candidatos ficam duas perguntas:

1. Você anda de bicicleta regularmente?

2. Como você acha que deve ser encarado o uso da bicicleta no transito das cidades em expansão no interior paulista?

Fica ai o espaço para comentários.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Réquiem para uma boa câmera.

A minha fiel Fujica FT-705 deu sua primeira falha em anos de bons serviços prestados. Quase contrária a tudo que defendo quanto a simplicidade, a Fujica com sua infinidade de botões, escolha de lentes, ajustes e leituras foi a minha professora de fotografia, com a qual fiz cerca de 1500 fotos em pouco mais de 4 anos.
Sempre fiel, começou a apresentar medidas estranhas no fotômetro, como se sempre houvesse um excesso de luz. Isso me fez perder um rolo de filme e a confiança na velha maquina.
Depois de constatado o problema, levei até uma não menos fiel, oficina de câmeras que já ressuscitou várias câmeras minhas, deu o triste veredicto de falta de peças para manutenção.
Existe ainda a possibilidade de um técnico indicado pela própria Fuji resolver o problema, eu mesmo abri a câmera e tentei encontrar algo, mas por um momento, resolvi remover as pilhas, enrolá-la em plástico com sol-gel para proteger a unidade e guardá-la numa caixa.
E assim ela ficou por dois dias.
Depois pensei que esse não é o fim digno que ela merece. Retirei o plástico, coloquei a objetiva, um rolo de filmes, fechei todo o diafragma, deixei o tempo de abertura em “B” e sai fotografando, sem botões, ajustes e leituras numa noite fria do final de Julho.
Algumas das fotos desta despedida da Fujica estão ai. Mas algo me diz que esta despedida não é definitiva.














quarta-feira, 19 de maio de 2010

Pedalando em São Paulo por Adriano Jordão

Relato do amigo Adriano Jordão que além de partilhar a paixão pelas "magrelas" também nutre uma luta em comum pela preservação da memória da Gurgel Motores, me mandou um relato de um pedal por Sampa city, que reproduzo aqui... A pedido dele mesmo, modifiquei duas palavrinhas...


"   Olá, minha mulher levou a camera dela que é menorzinha e acabei ficando com a minha que é semi profissional, aí nem deu pra levar no metro. Fica para uma proxima.
  A experiencia foi bem interessante. Eles só liberam a partir das 14h do sábado e domindo o dia todo.
   Temos que usar sempre o ultimo vagão e no máximo 4 bikes em cada. Se não, tem que esperar o próximo. Voce apresenta o bilhete e eles liberam uma porteirinha ao lado das catracas. Na volta, o cara me fez passa na catraca e depois passar a bike, uma coisa meio confusa, e ele acabou segurado a bike pra mim.
  Até aí tudo bem, o complicado mesmo é que não pode usar as escadas rolantes. Tive que subir umas escadarias gigantescas com ela no ombro. Falta um pouquinho mais de boa vontade do metro.
  O passeio foi sensacional! Foram umas 35 pessoas. Embora poucas, foi até melhor.

   Um belo rolê pelo centro de SP que a gente dificilmente se imaginaria naquela situação. Muito tranqüilo e muito mais seguro do que se imagina. Dá pra repetir sem os guias sossegado, pelo menos uma parte. 
  Tem um pessoal animado a fazer isso. Se quiser participar, fica o convite. Dá pra vir num Domingo cedo de busão com a bike, pegar o metro até a Sé, dar  o rolê e voltar. Se preferir, levo tua bike depois."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Como estará o cicloativismo daqui há 8 meses?

Hoje, dia 17 de Maio de 2010 é uma data importante para o cicloativismo brasileiro. Não sei ainda se é um importante bom ou um importante ruim, mas até agora sei que é importante?

Porque nasceu um Lance Armstrong brasileiro? Porque a Caloi lançou seu mais importante modelo? Não é nada disso, hoje vai ao ar, pela Rede Globo o primeiro capitulo da novela PASSIONE, cuja trama gira em torno de duas situações envolvendo bicicletas: Uma industria de bicicletas e um atleta de Mountain Bike.

As pessoas têm certa preguiça de pensar e emprestam cérebros alheios para pensar por elas e as mentes da Globo são muito boas pra isso. As vantagens do uso da bicicleta para o transito, para a saúde e para a diminuição da poluição são inquestionáveis, mas só no momento em que uma novela colocar este assunto à baila é que algumas pessoas vão pensar – Puxa, eu sei andar de bicicleta, quero me sentir como o galã da novela, vou pegar minha bike!

Algumas, ao terminar a novela ou no primeiro friozinho vão voltar a deixar suas bicicletas em algum lugar e esquecê-las, outras talvez continuem e algumas poderão ainda se tornar atletas que defendam as cores do Brasil nos jogos olímpicos de 2016!

Algumas pessoas (eu mesmo) questionam: Porque a Globo não fez isso antes? E talvez a resposta esteja na própria sociedade. Por mais que a Globo seja uma formadora de opinião, ela trabalha, antes de qualquer coisa, como entretenimento e mesmo que ela decida do dia para a noite divulgar a musica dudecafônica: A sociedade como um todo não está preparada para tal.

Então acredito que os departamentos de Marketing, ou seja lá o que for, detectaram o potencial deste assunto ser abordado neste momento e assim o será.

De nosso lado, como diria o revolucionário: A luta continua. Não vou fazer, como alguns, prognósticos, vamos observar se as bicicletadas vão ganhar mais adeptos, se teremos mais passeios, se as prefeituras vão criar mais ciclovias e mais eventos envolvendo ciclismo.

E não adianta achar que uma novela vai resolver todos os problemas do mundo ciclístico sem a participação de nós cicloativistas.  Tenhamos fé que será uma ajuda muita bem vinda, mas que depende de nós saber usá-la como um bem!

A propósito: É hora de cobrar os outros canais de TV a fazer o mesmo: Já pensou Bispo Macedo pedindo para Deus dar bicicletas aos fieis? Seria o máximo!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Um ano de bicicletada em Rio Claro

Este mês a Bicicletada de Rio Claro comemorará 01 ano de criação e terá como tema: “Piquenique de aniversário”. Compareça na Praça da Liberdade, em frente a Igreja Matriz a partir das 17h e venha comemorar conosco!


Tragam cestas de piquenique, bexigas, panos para estender no chão, “comidinhas” (bolos, tortas, salgadinhos, etc.), bebidas (não alcólicas) e demais itens de piquenique para participar desta festa.


Contato pelo fpmtb@cbmtb.com 


quarta-feira, 31 de março de 2010

Balanço de Março

Março foi legal para minhas pretensões cicloativistas. Pedalei 156 km (ainda devo pedalar mais 7,5 km hoje). É como se eu tivesse deixado o carro parado por 5 dias úteis ! ! ! ! !

Um pneu furado e um freio estourado (que susto). Um quase tombo numa poça d´agua que escondia um buracão !

Não perdi 1g sequer, mas pedalar fica cada vez mais fácil.

A foto é de Bessie enfrentando o pior declive que tenho de enfrentar, a "subida do Inocop". Era o trecho que mais me dava calafrios ao pensar em escalar. Hoje já enfrento 90% dela. Os últimos 10% não estou enfrentando porque é uma inclinação desumana e porque é muito arriscado dividir espaço com os carros.

Ainda tenho receio de desce-la, mas eu não sou ligado a acelerações mesmo ! Enfrento ela desmontado !


Mas nem tudo foram alegrias em Março. Plantamos a primeira Ghost Bike para tentar conscientizar as pessoas que uma morte é uma perda. Sonho que esta seja a primeira e a última.

As interferências urbanas andam atacando minha mente !

terça-feira, 16 de março de 2010

Mortes em acidentes de trânsito devem matar mais que homicídios neste ano em Rio Claro.

O Jornal Cidade de Rio Claro do dia 12 de Março de 2010, na página B-1 trouxe uma alarmante estatística, afirmando que em 2010 a se manter a atual tendência, o número de vitimas em acidentes de trânsito deve ultrapassar o número de homicídios no município.
Em 2009, foram registrados na cidade, 21 acidentes fatais de trânsito, contra 22 homicídios, ambos números significativos para uma cidade de 140.000 habitantes. Estes números são impressionantes também quando comparados com os números estaduais, fornecidos ao jornal pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) que mostram 14.841 pessoas mortas em acidentes em 2007 e 2008 em todo estado de São Paulo, contra 9.203 homicídios dolosos – Aqueles em que se tem intenção de matar, como roubo seguido de morte, vinganças, crimes passionais, etc.
Como estes números consideram apenas as vitimas que faleceram no local e não os que faleceram após tratamento em hospital ou a caminho deste, supõe-se que o números de vítimas de trânsito já supera o número de homicídios.
Na mesma reportagem, afirma-se que uma pesquisa da Secretaria de Mobilidade Urbana e Sistema Viário e Rio Claro e do 37º Batalhão de Policia Militar o local onde mais acontecem acidentes na cidade, é o cruzamento da Avenida 50-A com Avenida Brasil, ironicamente em frente ao corpo de Bombeiros (cruzamento que já está em reestruturação), seguida dos seguintes pontos: Av.M-25, Av.M-21,Av-80A, Rua 10A Av24A e 26A, Av 29 entre ruas 3 e 9, Av. 29 com Rua 14, Av. Saudade x Rua 11/14 e 15, Rua 14xAv. Presidente Kenedy, Av. 40 com rua 14, Av. 40 com rua Samambaia, Av. Castelo Branco com rua 14. Av. 8 x Rua 14, Av. Visconde de Rio Claro x Av. 16/14/12/Rua 9/Rua 8/Rua 14, Rua 9 x Av. 7.
Ai estão os dados, aqui vão meus comentários: Não vejo por parte da população a mesma cobrança por segurança no trânsito como vejo por segurança contra ameaça de ladrões. No ano passado, a cidade foi tragicamente atingida pelo assassinato de uma garotinha em sua casa, dentro de um condomínio. O fato gerou uma série de protestos de varias formas, que me fizeram ter orgulho de morar numa cidade de interior onde ainda se valoriza a vida humana.
No entanto, na semana passada, uma jovem morreu no transito e não vi nenhuma manifestação. Parece que quem morre no trânsito, “fez por merecer”. Vi muitas pessoas perguntarem se “ela tinha culpa” como se alguém tivesse culpa por morrer. Parece que no mínimo, ela deveria ter optado pela vida e ido de carro e não de bicicleta.
É uma pena e com este pensamento os números para 2010 não devem ser bons.

sexta-feira, 12 de março de 2010

FPMTB e SEST SENAT firmam parceria

Clayton Palomares Presidente da FPMTB (esq) e Walter Alves Diretor Administrativo do SEST SENAT (dir) após assinatura do convênio.  Foto de Foccus Fotografia.

A Federação Paulista de Mountain Bike (FPMTB) e o SEST SENAT Unidade Rio Claro acabam de firmar uma parceria que visa beneficiar os ciclistas de todo o estado.
A assinatura do convênio aconteceu no último dia 25, quinta-feira, em cerimônia realizada minutos antes da Assembléia Geral da entidade e está sendo divulgada nesta semana por todo estado.
A parceria fornece aos ciclistas filiados a FPMTB os benefícios de utilizar toda infra-estrutura esportiva, recreacional, de lazer, cultural e da saúde do SEST SENAT.
Inicialmente a parceria refere-se a unidade de Rio Claro do SEST SENAT, mas a Federação Paulista de Mountain Bike busca utilizar o modelo como piloto e, em breve, abranger todo o estado e, posteriormente, todo o país, por intermédio da CBMTB – Confederação Brasileira de Mountain Bike e assim disponibilizar aos ciclistas de todo país, filiados à entidade, os benefícios de utilizar o SEST SENAT em todo território nacional.
Clayton Palomares, além de ser o presidente da FPMTB, atualmente ocupa a Diretoria Administrativa na CBMTB e é o responsável por articular a parceria. “A parceria com a Unidade de Rio Claro do SEST SENAT é o pontapé inicial para a estendermos à todas as unidades do SEST SENAT do país. Como a sede da FPMTB está em Rio Claro, fica mais fácil que iniciemos este projeto por aqui, utilizando-o como piloto.” – Afirmou Clayton.
Devido a parceria, a FPMTB já está planejando uma série de atividades e eventos no SEST, como um passeio ciclístico que será realizado no dia 11 de Abril, cursos, palestras e até a implantação de um pólo da “Escolinha de Mountain Bike” através de um projeto com o Ministério do Esporte.
Os valores desta parceria não foram divulgados, porém ambas as instituições afirmam que o valor do convênio aos filiados da FPMTB é muito reduzido e que o ciclista possuirá abertura para utilizar todas as áreas do SEST SENAT.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Uma vitima do transito !















Uma jovem de 18 anos foi vitima de atropelamento em Rio Claro, hoje. Enquanto pedalava sua bicicleta em companhia de um amigo, foi brutalmente morta por um ônibus, segundo noticia vinculada pelo www.canalrioclaro.com.br, o ônibus estava com sua licença vencida.

Neste mesmo local, há cerca de 20 anos atrás, outra jovem foi atropelada sob as mesmas circunstâncias por um caminhão. Por conhecidência eu passava pelo local poucos segundos após o ocorrido e pude ver o corpo ainda sem ser coberto e sangue da vítima chegou a manchar o pneu do meu carro. Foi uma cena medonha que tento até hoje esquecer.

Esta rua favorece as altas velocidades de carros, motos, caminhões e ônibus e grande parte dos ciclistas se arriscam. Semana passada mesmo, vi um quase atropelamento nesta rua por imprudência do ciclista.

Entretanto no caso de hoje, a vitima teve sua vida brutalmente ceifada por razões que as insensíveis pericias vão apurar.

O jovem que a acompanhava estava inconsolavel nas fotos da reportagem.

Uma pena que não tenha visto nenhuma manifestação em respeito destas vidas. A que se foi, os parentes enlutados e o jovem amigo que sobreviveu.

A estes minha humilde promessa de tentar fazer minha cidade mais adequada a ciclistas.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Fevereiro se foi !


Fevereiro não foi bom pros meus planos ciclisticos. Passei metade dele de férias e pedalei muito pouco. Os dias ficaram nublados ou com chuva e usei mais o carro do que eu pretendia.

Rio Claro muda muito próxima ao Carnaval, pois aqui existe uma forte movimentação cultural. Parte das ruas são fechadas e o trânsito em outras fica bastante intenso.

Mas nem tudo foram névoas, Joss ficou pronta e ficou muito mais agil do que eu imaginava. Consegui fazer umas pedaladas boas e no dia 20 eu pedalei aproximadamente 23 km. Aproximadamente porque esqueci o ciclocomputador no bolso.

Também fiz boas fotografias e dei um rumo no meu projeto de fotografia, então, nem tudo são espinhos...

Resumo do mês: Com a Joss que saiu da oficina no dia 16, registrei 34,2 km de pedal, com Alanis foram aproximadamente 15 km, mas não foram registrados, porque ela não tem ciclocomputador, mais 25 km com a fiel Bessie o que dá um total de aproximadamente 74 km, e dá uma média de 2,6 km/dia. Essa media melhora um pouquinho se eu calcular apenas os dias uteis, mas quem eu quero enganar? Este mês foi de pouco pedal !

Curiosidade: Em Fevereiro, dois pneus furados. Bessie no dia 8 e Joss no dia 22. E o pneu da Joss era novissimo, havia comprado no dia 20 porque o outro estava muito ruim. Será que o Jet-Caju vai aguentar o tranco? Já to cogitando de comprar um MTB com pneu aro-26 pra guentar os furos no asfalto !

Proximos eventos

Dia 4 de Março acontece a recepção ciclistica dos alunos calouros da Unesp. Vou conseguir só ver a concentração porque é na hora em que estou trabalhando, mas espero tirar umas fotos.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Joss pronta pra rua !

Saiu, finalmente da oficina, Joss, minha bicicleta pra uso na cidade.

Caloi-10, originalmente branca que comprei vermelha, ficou preta, com pintura eletrostatica. Os adesivos são copia dos originais feitas pela ARTBIKE.

Tirei o guidão Speed, mas deixei-os guardados para quando aposenta-la, voltar ao original, troquei tambem o selim e o pedivela. A nova relação de marchas me deixou com praticamente duas bicicletas. Com a alavanca pra cima, uma bicicleta de 5 marchas, com baixa velocidade mas um torque absurdo. Consegui superar os piores declives que vou encontrar pelo caminho - Tá Rio Claro é plano, mas nem tanto. Já com a alavanca para baixo, uma bicicleta muito mais rapida que a Caloi-10 original !

Em relação a Bessie (a Monark-10), com a Joss, minha velocidade média foi de 12 km/h para 15 km/h o que me fez chegar uns 5 minutos antes ! ! ! ! O ganho de velocidade é provocado por uma serie de fatores: O peso menor de Joss, o freio estar sempre a mão e portanto as freadas podem ser mais "secas" e a nova relação de marchas.

O jet-caju dianteiro tá na prorrogação. Esta semana ainda devo troca-lo ou vou ficar na rua ... Mas fora isso o conjunto ficou bem legal !

E já fui "batizado". Ontem ao pedalar pra inaugurar a bicicleta, passei por uma rua aqui de Rio Claro, muito estreita, mas de no maximo 20 metros de comprimento, que liga duas avenidas. Ao passar por ela, um carro atras de mim, deu uma buzinada e a motorista me falou - Essas bicicReta só atrapaIa !

E hoje deve vir o batismo nas aguas... Chuva que Deus e o aquecimento global mandam ...

Abração...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Descida das Escadarias de Santos


Nosso amigo de pedal, Clayton Palomares esta organizando e descerá as escadarias de Santos. O evento irá ao ar pela TV Globo no Esporte Espetacular no dia 7 a partir das 9:00 hs da manhã.

Vale a pena ver !


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fim da primeira fase...

Estou de Ferias, portanto a bicicleta volta a seu papel de uso recreativo...

Desde primeiro de Janeiro, pedalei 153 km no transito. Algumas coisas que notei:

1. O Selim tá um pouco afastado, precisa de uma regulagem.

2. O cassete tá com um nhec-nhec bem chato. Preciso abrir e lubrificar - Isso fica a cargo do meu mecanico.

3. Pedalar é bom demais...

A parte disso, nunca disse, nem pensei em abandonar meu carro completamente. Principalmente nesta primeira fase. E depois da reportagem da EPTV as pessoas me cobram quando me veem de carro. E por alguma razão me veem mais de carro que de bicicleta (talvez porque eu ainda esteja usando mais o carro que a bike...).

Mas é bom, é uma motivação pra eu ir deixando cada vez mais o carro na garagem.

Mas o que achei interessante é a curiosidade das pessoas com o capacete. Ele alias recebeu muito mais comentários que meu bravo ato de pedalar !

Muitas pessoas perguntam, apontam e vi mais quatro ciclistas "de rua" usando capacete. Um eu já o conhecia e sempre usou tal acessório, mas os outros quatro nunca os vi.

Bom, a experiência tá só começando, mas já to animado com os resultados.

Nas férias, Joss deve ficar pronta e os números devem aumentar...


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Balanço da primeira semana.

Algumas pessoas que encontrei e que viram a reportagem da EPTV, acham que eu pretendo deixar meu carro parado para sempre e utilizar só a bicicleta.

Que é um sonho, sem duvida é, mas esbarra em alguns problemas. Primeiro que não estou ainda na forma fisica que sempre quis e segundo que tenho meus compromissos familiares.

O que pretendo de fato é reduzir o uso do carro ao mínimo indispensável e tentar identificar no meu dia-a-dia os momentos em que o carro não é necessário.

A ideia é muito simples: A bicicleta ser a escolha principal e o carro ser usado quando não tiver outra opção.

Na semana do dia 4 a 8 de Janeiro fiz o trajeto casa/trabalho/casa 10 vezes (ida de manha pro trabalho, volta pra casa na hora do almoco, volta para o trabalho, volta pra casa a tarde). Como este trajeto é de 7,5 km em media, na semana eu percorro 150 km.

Na semana passada, fiz este trajeto 8 vezes de carro contra duas de bicicleta. As duas vezes foram na hora do almoço. Deixei o carro no estacionamento da Unesp e fui pra casa e voltei de bicicleta. Fiz isso na segunda e na quarta-feira.

O tempo na bicicleta, fazendo este percurso foi de aproximadamente 2 horas o que dá uma média de 14 km/h.

Enquanto no carro percorri 120 km a uma velocidade media de 23,5 km/h (a velocidade media na rua é absurdamente baixa com o carro e olha que estamos no periodo de férias). Com isso fiquei mais ou menos duas horas e meia dentro do carro.

A economia no gasto de combustivel foi de aproximadamente R$ 7,35 nesta semana.

Ainda são numeros timidos, eu sei, mas é o que tenho até agora.

Pra este semana que se inicia, os planos são de dobrar o tempo de uso da bicicleta. Aguardem...

Mas deixo a pergunta: Você seria capaz de identificar os momentos em que seu carro é um peso para você? Tente !

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A reportagem para EPTV

O Convite !

Vou tentar contar com a melhor riqueza de detalhes que puder.

Há umas semanas atrás, a produção no Fantastico postou uma mensagem no Twitter "Quais são seus sonhos para 2010?".

E eu respondi - "Ir para o trabalho de bicicleta e deixar meu carro na garagem".

Vale uma nota sobre o Twitter. Eu não gosto dele. É informação comprimida e muita informação vindo de lugares diferentes, mas como profissional da área me considero no dever de pelo menos experimentar novas tecnologias e usá-las ou não. Tanto que tenho uma conta para assuntos profissionais que acho que é uma experiência interessante.

Mas voltando ao Fantastico, semanas depois recebo uma mensagem de uma produtora do Fantastico, perguntando se aquela minha mensagem era séria e se eu poderia enviar um sinal de fumaça pra eles entrarem em contato. Enviei meu número de telefone e poucos minutos depois a produtora me ligou - Diga-se de passagem uma pessoa muito simpática. Contei de meus planos pra enfrentar o trânsito a bordo de uma bicicleta, que eu mesmo estava adaptando pra isso, contei das minhas visões cicloativistas e tudo mais. Ela gostou da idéia e perguntou se eu aceitaria gravar um depoimento pra passar no programa do dia 27 de Dezembro.

Vale uma nota sobre a data: Sim, meu aniversário. Por conhecidência é o mesmo dia que foi ao ar um texto que fiz para um programa da MTV, última participação minha na emissora, mas isso conto em outro POST.

Aceitar não foi a tarefa mais facil da minha vida. Sim, eu sei que é o sonho de muita gente aparecer no Fantastico, ou na Globo, mas não é o meu. Eu sou absurdamente timido e do momento em que a produtora me ligou passei a transpirar e assim fiquei até a chegada da equipe. Por outro lado, vi como aquele garoto que dá a cantada na menina mais bonita da rua, certo que ela não vai cair e ela cai. Aí pular fora não dá !

A Gravação

No dia seguinte, o produtor da EPTV me ligou combinando os detalhes para a gravação, no dia 23 de Dezembro eles vieram até aqui. O expediente foi suspenso, então ficamos filmando, falando, subindo e descendo da bicicleta por milhares de vezes.

A equipe da EPTV se mostrou imensamente competente, me passaram toda a tranquilidade do mundo. Cada passo foi cantado antes e repassado.

Me lembro de ter dito algumas coisas erradas, como por exemplo que eu fiz a pintura na bicicleta, quando na verdade eu levei pra fazer, ou então que eu levei minha filha para escola quando fiquei sem carro, mas isso nem entrou na reportagem final.

Para as fimagens fiz o caminho de casa até o trabalho ida-e-volta e mais algumas tomadas na rua. No total, calculo ter pedalado uns 4 km a mais que o trajeto que pretendo fazer.

Além de mim, chamaram para a entrevista o Clayton Palomares que é já meu conhecido, ele é presidente da Federação Paulista de Mountain Bike e organizador da bicicletada rioclarense. Carinha gente finissima !!!

E chamaram também um Office Boy, o Jair para dar seu depoimento sobre o uso diário da bicicleta. Na verdade o Jair é mais que um Office Boy, prestando auxílio as empresas, mas pra simplificar as coisas, chamamos ele de Office Boy. Também carinha gente finissima, quietão, na dele, falou bem, respondeu as perguntas numa boa...

A gravação demorou bastante. Levamos boa parte da tarde colhendo material.

Nesta primeira foto, o reporter da EPTV Paulo Lima, o Jair, o Clayton e eu de capacete e luvinha a lá Ana Maria Braga - Estas luvas são utilissimas e leves...


Nesta segunda foto, o cinegrafista Ely no lugar do reporter:


Reporter e Cinegrafistas entrevistando o Jair...


Resultado Final

O Fantastico por alguma razão não aproveitou a reportagem. É a vida, outras notícias devem ter subido na classe de prioridades e a minha história ficou de fora, mas a EPTV aproveitou e colocou no jornal do dia 2/1/2010



Foi um dia muito estranho, nunca me imaginei falar pra TV seja lá o que for e meus sentimentos do dia já estão registrados.

Me ver na tela, foi ainda mais estranho.

Isso tudo foi importante para ver que essa é uma história para se contar, ou seja, um cidadão que deixa seu carro na garagem, pega uma bicicleta velha e passa a usá-la, talvez seja significativo, talvez algumas pessoas queiram ouvir estas historias. Foi um momento de eu refletir melhor sobre minhas atitudes e encarar de forma mais séria estes meus planos cicloativistas.

Foram dias estranhos, muito estranhos. Mas compensadores.

A Reforma de Joss

Joss já estava pedindo uma reforma há muito tempo. Com esta idéia de enfrentar o transito, sol e chuva com bicicleta, nada mais justo que dar um banho de tinha na pobre coitada.

O primeiro passo foi remover a tinta. Tentei com lixa, mas percebi que seria uma tarefa ingrata, então recorri aos profissionais. Levei até a empresa Decorjato aqui de Rio Claro (Rua 1-A, 860 Fone (19) 3523-4749). Os caras fizeram um trabalho bem prof. Veja como ficou Joss só na cobertura fosforizada (acho que é este o nome do tratamento que se dá ao quadro).,


Estes cantos amarelados acho que é alguma proteção a solda e não pode ser removido, mas também não prejudicou o resultado final.

Se não me falha a memória o trabalho custou R$ 35,00 !

Depois chegou a hora de pintar.

Em geral o que se faz é comprar uns tubos de tinta em Spray e aplicar na magrela. Isso é barato e gostoso de fazer, porém a pintura não dura nada. Qualquer batidinha e lá se vai a pintura.

Resolvi experimentar a pintura eletrostática.

Levei no Emmerson (Rua 8-A, 298 Fone (19) 3523-8455). Também trabalho de primeira.

Ele me explicou que a pintura eletrostática tem menor brilho em relação à convencional e ele não possuí um leque muito grande de cores - talvez por ter uma clientela restrita, sei lá. E além disso, pinturas pequenas dependem da disponibilidade da máquina. Como eu queria em Preto e a maquina dele estava usando prata, ele teria de parar a maquina, limpar toda a tinta (que é em pó neste caso) e remontá-la, mas se eu tivesse paciência de esperar ele terminar a encomenda das peças em prata, que ele faria para mim.

Aceitei e nem meia semana depois estava pegando a bicicleta.

Olha o resultado...


Detalhe do quadro:

O trabalho ficou em R$ 50,00 !

Valeu cada centavo !

Em tempo: A maior parte da desmontagem eu mesmo fiz, a corrente e outras peças que exigem ferramentas e experiencia deixei a cargo do meu mecanico de confiança, o Alexandre do Motocar (Av-24-A, 427 Vila Alemã (19) 3523-4660)

Conheço o Alexandre desde que ele era pequeno... Quer dizer, pequeno ele ainda é, desde que eramos crianças... Ele é o cara na hora de ajustar minhas bicicletas... E sempre com um sorriso no rosto. Grande (pequena) figura !

E não cobrou nada pra fazer a desmontagem... Vai cobrar a montagem provavelmente, mas isso contarei depois ...

A bicicleta já tá adesivada, mas isso conto em outro POST.