O Jornal Cidade de Rio Claro do dia 12 de Março de 2010, na página B-1 trouxe uma alarmante estatística, afirmando que em 2010 a se manter a atual tendência, o número de vitimas em acidentes de trânsito deve ultrapassar o número de homicídios no município.
Em 2009, foram registrados na cidade, 21 acidentes fatais de trânsito, contra 22 homicídios, ambos números significativos para uma cidade de 140.000 habitantes. Estes números são impressionantes também quando comparados com os números estaduais, fornecidos ao jornal pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) que mostram 14.841 pessoas mortas em acidentes em 2007 e 2008 em todo estado de São Paulo, contra 9.203 homicídios dolosos – Aqueles em que se tem intenção de matar, como roubo seguido de morte, vinganças, crimes passionais, etc.
Como estes números consideram apenas as vitimas que faleceram no local e não os que faleceram após tratamento em hospital ou a caminho deste, supõe-se que o números de vítimas de trânsito já supera o número de homicídios.
Na mesma reportagem, afirma-se que uma pesquisa da Secretaria de Mobilidade Urbana e Sistema Viário e Rio Claro e do 37º Batalhão de Policia Militar o local onde mais acontecem acidentes na cidade, é o cruzamento da Avenida 50-A com Avenida Brasil, ironicamente em frente ao corpo de Bombeiros (cruzamento que já está em reestruturação), seguida dos seguintes pontos: Av.M-25, Av.M-21,Av-80A, Rua 10A Av24A e 26A, Av 29 entre ruas 3 e 9, Av. 29 com Rua 14, Av. Saudade x Rua 11/14 e 15, Rua 14xAv. Presidente Kenedy, Av. 40 com rua 14, Av. 40 com rua Samambaia, Av. Castelo Branco com rua 14. Av. 8 x Rua 14, Av. Visconde de Rio Claro x Av. 16/14/12/Rua 9/Rua 8/Rua 14, Rua 9 x Av. 7.
Ai estão os dados, aqui vão meus comentários: Não vejo por parte da população a mesma cobrança por segurança no trânsito como vejo por segurança contra ameaça de ladrões. No ano passado, a cidade foi tragicamente atingida pelo assassinato de uma garotinha em sua casa, dentro de um condomínio. O fato gerou uma série de protestos de varias formas, que me fizeram ter orgulho de morar numa cidade de interior onde ainda se valoriza a vida humana.
No entanto, na semana passada, uma jovem morreu no transito e não vi nenhuma manifestação. Parece que quem morre no trânsito, “fez por merecer”. Vi muitas pessoas perguntarem se “ela tinha culpa” como se alguém tivesse culpa por morrer. Parece que no mínimo, ela deveria ter optado pela vida e ido de carro e não de bicicleta.
É uma pena e com este pensamento os números para 2010 não devem ser bons.
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