terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A reportagem para EPTV

O Convite !

Vou tentar contar com a melhor riqueza de detalhes que puder.

Há umas semanas atrás, a produção no Fantastico postou uma mensagem no Twitter "Quais são seus sonhos para 2010?".

E eu respondi - "Ir para o trabalho de bicicleta e deixar meu carro na garagem".

Vale uma nota sobre o Twitter. Eu não gosto dele. É informação comprimida e muita informação vindo de lugares diferentes, mas como profissional da área me considero no dever de pelo menos experimentar novas tecnologias e usá-las ou não. Tanto que tenho uma conta para assuntos profissionais que acho que é uma experiência interessante.

Mas voltando ao Fantastico, semanas depois recebo uma mensagem de uma produtora do Fantastico, perguntando se aquela minha mensagem era séria e se eu poderia enviar um sinal de fumaça pra eles entrarem em contato. Enviei meu número de telefone e poucos minutos depois a produtora me ligou - Diga-se de passagem uma pessoa muito simpática. Contei de meus planos pra enfrentar o trânsito a bordo de uma bicicleta, que eu mesmo estava adaptando pra isso, contei das minhas visões cicloativistas e tudo mais. Ela gostou da idéia e perguntou se eu aceitaria gravar um depoimento pra passar no programa do dia 27 de Dezembro.

Vale uma nota sobre a data: Sim, meu aniversário. Por conhecidência é o mesmo dia que foi ao ar um texto que fiz para um programa da MTV, última participação minha na emissora, mas isso conto em outro POST.

Aceitar não foi a tarefa mais facil da minha vida. Sim, eu sei que é o sonho de muita gente aparecer no Fantastico, ou na Globo, mas não é o meu. Eu sou absurdamente timido e do momento em que a produtora me ligou passei a transpirar e assim fiquei até a chegada da equipe. Por outro lado, vi como aquele garoto que dá a cantada na menina mais bonita da rua, certo que ela não vai cair e ela cai. Aí pular fora não dá !

A Gravação

No dia seguinte, o produtor da EPTV me ligou combinando os detalhes para a gravação, no dia 23 de Dezembro eles vieram até aqui. O expediente foi suspenso, então ficamos filmando, falando, subindo e descendo da bicicleta por milhares de vezes.

A equipe da EPTV se mostrou imensamente competente, me passaram toda a tranquilidade do mundo. Cada passo foi cantado antes e repassado.

Me lembro de ter dito algumas coisas erradas, como por exemplo que eu fiz a pintura na bicicleta, quando na verdade eu levei pra fazer, ou então que eu levei minha filha para escola quando fiquei sem carro, mas isso nem entrou na reportagem final.

Para as fimagens fiz o caminho de casa até o trabalho ida-e-volta e mais algumas tomadas na rua. No total, calculo ter pedalado uns 4 km a mais que o trajeto que pretendo fazer.

Além de mim, chamaram para a entrevista o Clayton Palomares que é já meu conhecido, ele é presidente da Federação Paulista de Mountain Bike e organizador da bicicletada rioclarense. Carinha gente finissima !!!

E chamaram também um Office Boy, o Jair para dar seu depoimento sobre o uso diário da bicicleta. Na verdade o Jair é mais que um Office Boy, prestando auxílio as empresas, mas pra simplificar as coisas, chamamos ele de Office Boy. Também carinha gente finissima, quietão, na dele, falou bem, respondeu as perguntas numa boa...

A gravação demorou bastante. Levamos boa parte da tarde colhendo material.

Nesta primeira foto, o reporter da EPTV Paulo Lima, o Jair, o Clayton e eu de capacete e luvinha a lá Ana Maria Braga - Estas luvas são utilissimas e leves...


Nesta segunda foto, o cinegrafista Ely no lugar do reporter:


Reporter e Cinegrafistas entrevistando o Jair...


Resultado Final

O Fantastico por alguma razão não aproveitou a reportagem. É a vida, outras notícias devem ter subido na classe de prioridades e a minha história ficou de fora, mas a EPTV aproveitou e colocou no jornal do dia 2/1/2010



Foi um dia muito estranho, nunca me imaginei falar pra TV seja lá o que for e meus sentimentos do dia já estão registrados.

Me ver na tela, foi ainda mais estranho.

Isso tudo foi importante para ver que essa é uma história para se contar, ou seja, um cidadão que deixa seu carro na garagem, pega uma bicicleta velha e passa a usá-la, talvez seja significativo, talvez algumas pessoas queiram ouvir estas historias. Foi um momento de eu refletir melhor sobre minhas atitudes e encarar de forma mais séria estes meus planos cicloativistas.

Foram dias estranhos, muito estranhos. Mas compensadores.

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