Parece meio obvio, mas quando você está pedalando, você deve manter a máxima atenção a frente de você, ou seja: Olhe para frente.
Outro dia precisei ir ao hospital e vi um ciclista chegando com o rosto todo machucado porque estava olhando para trás, não viu um carro parar e caiu na caçamba da caminhonete. Perdeu um dente !
As coisas mudam muito rápido no trânsito e um carro rápido se transforma em carro parado em uma fração de segundo. As tentações para olhar para os lados e para trás também são muitas: Carros, cartazes, propagandas, pessoas discutindo, pessoas bonitas, pessoas conhecidas. Você vira o pescosso e quando volta a olhar para frente o mundo mudou.
É claro que em caso de conversão, é necessária aquela estratégica olhada pelo ombro. Mas rápida e profunda. E de preferência parado. É melhor guardar uma imagem mental da cena de fundo e olhar pra frente e continuar assim.
É importante também olhar e ver, ou seja, entenda o que está vendo. Analise se um carro ou pessoa tem condição de te ver, se está querendo mudar de direção - Houve um tempo em que veiculos automotores utilizavam um acessório interessante chamado seta que indicava a direção pretendida pelo motorista, infelizmente ou os carros não saem de fabrica mais com este acessório ou os motoristas estão ocupados demais com o celular para poderem acioná-la. Pense na rua como um jogo de xadrez que você tem que ver os movimentos de seu oponente para escolher os seus passo.
Cuidado também com situações em que não há perigo. Estas são as mais perigosas. Uma vez peguei uma rua praticamente infinita, plana, não tinha um carro. Decidir ver até quanto eu acelerava. Fui pedalando, pedalando, acelarando, sprinte, passei a olhar o velocímetro ao invés da frente (Não tem o que dar errado, o carro mais próximo está a kilometros daqui), quando senti uma puxada violenta no guidão, me esforcei pra estabilizar, enquanto o cerebro pensava - MEU DEUS, O QUE ESTÁ ACONTECENDO ? UM CARRO ME BATEU ?!
Algumas dezenas de metros depois consegui estabilizar e parar. A pancada foi tão forte que deslocou a roda no cubo.
Depois de parar, respirar, se acalmar e tentar pensar, encontrei o culpado: Um buraco de uns 10 cm de boca. Único, solitário, naquele mar de asfalto.
O desgraçado entrou na minha frente no exato momento em que eu olhava o velocímetro.
Lembre-se a Lei de Murphy é implacável !
A propósito, o cara que perdeu o dente, no início deste POST estava olhando para uma menina da escola. Ela acabou o socorrendo e levando ele ao hospital - MICO PURO !
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