quarta-feira, 18 de junho de 2008
Web e outras cams !
Já falei muito das bicicletas, vou escrever um pouco sobre minhas cameras.
A primeira e que está comigo há mais tempo, é essa aí a Olympus TRIP-35. Uma câmera muito legal e muito coerente com minha filosofia de vida - Antiga, simples e dificil de usar :)
Explico: Bom, antiga, dá pra ver que ela é. Ela é de filme (clássica, analógica ou seja lá como você queira chamá-la). Esta foi adquirida pelo meu pai no final da década de 60 e ainda mantém o selo original do controle de qualidade da fábrica.
A fabrica é a Olympus, que para quem não sabe, é uma industria japonesa. O modelo mais famoso da Olympus é a PEN, que era capaz de dobrar a quantidade de fotos em um filme (você conseguia tirar 48 fotos com um filme de 24).
A série TRIP é uma câmera para viagens (daí o nome), que tira fotos até sozinha. É aquela câmera que você não precisa saber nada sobre fotos para começar a fotografar. A TRIP-35 porém é tão complicada quanto você queira.
No modo automático dá pra fotografar tranquilamente, olhou no visor (ou sem olhar mesmo, faço sempre isso) e cliclou.
Mas ela tem modos não automáticos em que você pode escolher distância do alvo e abertura 1/f. O tempo de exposição é fixo em 1/60. Dá pra usar flash, obviamente.
Mas o mais legal nesta câmera é que ela não usa pilha e tem um fotômetro que trava quando a luz não é suficiente para imprimir o filme.
Eu não sei exatamente como funciona, mas avaliando pelo tamanho da celula sensora de luz, ela deve ser uma celula fotovoltáica que se não recebe quantidade suficiente de luz, não aciona o mecanismo de abertura de diafragma.
Mesmo não sabendo como funciona, acho isso genial. Se não tiver luz, não adianta, não sai. Existe sempre a possibilidade de enganar o fotometro, dizendo que você colocou um filme quando na verdade colocou outro. Já fiz isso com resultados excelentes. Usar por exemplo filme 100 e colocar o fotometro pra filme 200 as fotos ficam historicas.
Existe o risco de saturar e isso exige intimidade com a camera pra evitar.
Eu me lembro de ter visto converters para macro para esta camera, mas como ela não é SLR (a imagem que você vê no visor não é exatamente a que será impressa), estes recursos não podem ser muito explorados.
Esta TRIP foi a primeira câmera que usei, ainda na infância, depois ela ficou perdida por anos em um armário em casa. Foi parcialmente devorada por formigas (isso mesmo formigas) que esgotaram seu óleo lubrificante. Anos depois eu a encontrei e mandei para restaurar. Ficou excelente.
Pra usar em cima da bike, é ideal. Algumas fotos saem fora de enquadramento, com cores saturadas, lembrando uma LOMO ... Acho que isso é o que gosto nesta camera.
Desvantagem: O avanço do filme manual... Isso mata sua simplicidade. A cada clique é necessário avançar o filme manualmente com um botão nada anatômico.
Encontra-se vendida as vezes por preços entre R$ 50,00 a R$ 120,00 e a restauração da minha custou exatamente isso, R$ 120,00. Mas, se você gosta de coisas simples e antigas, essa é uma ótima pedida.
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